
Uma moldura humana, constituída por vários milhares de pessoas, assistiu ao desfile trapalhão realizado na tarde de sábado, 10 de fevereiro, na avenida principal da Quinta do conde.
A mais expressiva adesão popular de quantos eventos carnavalescos ao longo dos anos tiveram lugar na localidade, motivada pelas excelentes condições climatéricas que se fizeram sentir e pelo crescente interesse com que a população encara a iniciativa, constituiu uma manifestação da vitalidade dos agentes associativos e da identidade local.
Iniciado, como em anteriores edições, pelo Grupo Motard da localidade, o qual com o colorido das máquinas e o som que que as carateriza, abriu caminho à exibição da fantasia das escolas de samba sediadas na freguesia, aos carros alegóricos que as acompanham e ao imaginário que as envolve.
Foi aliás, alicerçado no quadro da descoberta do sonho e da imaginação, que a representação da Escola de Samba Batuque do Conde, concebeu o tema para esta edição dos desfiles em que igualmente tomará parte na Vila de Sesimbra, e ao qual atribuiu a denominação de “Fantástico Despertar da Magia”, servindo-se para tal de um vasto leque de figuras criadas por filmes como o Senhor doa Anéis, Harry Poter, ou Liga da Justiça, entre outros.
Visão semelhante orientou a escolha da sua congénere Corvo de Prata que trouxe à rua “O Voo da Liberdade”, enquanto metáfora tendente a instigar à liberdade dos povos e animais, mas, também, como grito de alerta contra os preconceitos que ainda se fazem sentir em determinados sectores da sociedade actual.
Além disso, saliente-se, o aludido cortejo também se faz das fantasias ou disfarces,- mais ou menos trapalhões-, que cada cidadão decide adoptar para a ocasião, razão pela qual fácil se tornou encontrarmos ao longo do trajecto, bruxas, palhaços, fantasmas, matrafonas e um sem número de outras personagens que continuam a povoar o imaginário quotidiano de algumas pessoas.